segunda-feira, 30 de junho de 2008

Eu Jogando Bola.

Sábado, Sol, galera toda(Cassio, Daniel, Peter, Fran e eu) já reunida no Peter para o tão esperado futebol da nossa galera, só faltava o Rafael. Depois do futebol ia ter a festa do Junina no Rafael, compramos os suprimentos, tudo beleza.
-Beleza, bora jogar então? Pega a bola aí...
-Que bola? Me chamaram quando eu já tava no Valqueire...tenho bola não...
-Porra com quem tá a bola?
-Tem bola?
-Porra marcaram futebol sem bola!?
-Caralho olha o que dá quando um monte de nerds resolvem marcar um futebol...
Seguimos eu e mais dois até casa do Franchico pra acordar a madrinha dele(que quase meteu o cacete nele por isso) pra arrumar a bola, que tava murcha.
Bem ou mal, era uma bola.
Seguimos ao campo, encontramos o Rafael e começamos a nos organizar, 3 contra 3 num campinho lá: Eu, Daniel e Rafael contra Peter, Fran e Cassio. Tava maneiro. Assim que começamos a nos preparar pra começar a jogar uma manada de fedelhos de 8~11 anos invadiu o campo pra jogar também: "Vocês pegam só metade do campo!", os gremlins graúdos não paravam de repetir.
-E agora cara?
-E agora vamos tirar essa creche daqui, bullying nessa porra, chegamos antes...
-Hahahaha...

-Aê vocês, sai aí, chegamos antes, vão jogar no campinho ali do lado- Daniel foi o responsável pela conversa do nosso grupo.
-Pô, cada um pega a metade...- Argumentava uma assustadora menina de uns 11 anos, que parecia ser a líder da gangue mirim, que por sua vez não parava de correr pra lá e pra cá com a bola deles.
-Pô, agente quer jogar na moral com o campo todo, marca aí, daqui a pouco vocês entram.
-Deixa então agente jogar com vocês então?
-Tá maluca? Vocês vão morrer se levar um chute nosso...
-Tá...- A menina então se vira e grita apenas uma vez: PÁRA A BOLA!
Instantaneamente a fedelhada pega a bola e sai do campo, aquilo foi notável, se eu tivesse gritado eu certamente seria ignorado...

O jogo começa!
5 minutos de jogo: Gol do Daniel, 1 x 0 nós.
6 minutos de jogo: Vinha eu correndo livre, entrei na área e me encontrei com o goleiro, que tinha vindo pra cima: Cassio.
Lembro que rolei, bem longe, lembro que me ralei todo, e lembro de ter visto a minha mão numa posição esquisita antes de eu começar a passar mal. Descobri nesse sábado que quando eu recebo um forte impacto ou perco uma quantidade de sangue considerável minha pressão cai violentamente dependendo da gravidade ferimento/impacto. Não era exatamente a melhor hora pra se descubrir essa fraqueza...
Após o impacto eu começei a enjoar, vomitei o almoço e minha vista enegreceu. Tentei levantar mas fui ao chão(se eu tivesse consciente a porrada da bunda e da cabeça no chão certamente teriam doído MUITO...), ah, esqueci de mencionar: A quadra era de pedra. Caí na lama que corria no cantinho da quadra, e totalmente cego, muito tonto e com o pulso muito estranho eu fui levado à casa do Delso, onde fiquei até me recuperar e tomar um banho.
Mais tarde fomos ao Carlos Chagas, mas sábado de noite já não tinha ortopedista nem raio-x, então eu fui até a praça de Marechal com a galera e de lá peguei um taxi pro Méier até a casa do meu pai para então ir a um hospital na Tijuca, aqui perto de casa, já que os do Méier estavam fechados.

Chegando no hospital.
Entrei na sala do médico, minha mãe veio junto(pegamos ela na esquina de casa), contei o que aconteceu, o médico pediu raio-x da mão o analisou:
-É...é caso cirúrgico...você quebrou o Rádio e a Ulna (acho que é esse o nome) e eles tão fora do lugar também.
-Vou ter que fazer cirurgia?!
-Não necessáriamente, vou tentar dar uma reduzida nisso aí...
Eu fiquei então pensando então o que exatamente "dar uma reduzida" seria, mas deixei pra lá, eu acabaria sabendo mais cedo ou mais tarde...
Na sala de gesso...
Dessa vez meu pai entrou, achei estranho, ele tava lá fora o tempo todo, mas ok. Falaram pra eu deitar na cama, fiquei então me perguntando por que diabos deita-se uma pessoa pra por gesso no braço dela. Começei a achar que ia me ferrar legal quando o médico entrou também na sala e 3 enfermeiros ficaram lá também.
[Mi fudi...]
-Isso vai doer muito?
O enfermeiro e o médico falaram ao mesmo tempo:
-Não
-Sim
[Caralho mi fudi legal...]
O médico então segurou meu pulso com muita força.
[Vamo lá, você aguenta, vai só doer um pouco. Vamo lá, você guenta tranquilo essa......
O.O
AAAAAAAAAAAA CARALHOOOOOW!]
O médico tentava de várias maneiras diferentes colocar a minha mão de volta no lugar enquanto os enfermeiros seguravam partes do meu braço. Daí em diante foi tipo como em filme, quando um cara arruma o braço do outro, ou a mão, sei lá, sei que dueu pra caralho. O enfermeiro engessou o meu pulso enquanto o médico ainda o pressionava, é como se o médico ainda estivesse segurando meupulso nesse exato momento. Depois de um tempo o gesso tava pronto, tirei outro raio-x, e esse confirmou a posição certinha dos ossos.
-É, agora não tem mais que operar...
-Ahhnn...que bom né...
-Você deu sorte...
[O.O]
-Sorte? Como assim dei sorte? Sorte é quando as pessoas caem e não quebram ossos, muito menos têm que colocá-los no lugar desse jeito!
-Hahahahaha...Olha só, 30 a 45 dias com gesso, procura depois um acompanhamento pra ver quando tem que tirar o gesso, agora passa lá na sala de gesso pra terminar isso aí...
Dessa vez fui lá e eles engessaram o braço todo.
O médico me receitou uns analgésicos(e devo ressaltar: "Graças a Deus" ele fez isso) e de lá, todo sujo e sacaneado eu fui jantar na parmê.
Enfim, pra todos saberem como foi, taí a história. Agora não posso jogar vídeo game, pentear o cabelo, tomar banho sem ajuda pra embalar o braço...
:(
Lá se vai o show do Muse...=\